Compartilho algumas reflexões realizadas como Trabalho de Conclusão do Curso de Neurociência e Educação pela Comunidade Reinventando a Educação -CORE
Organização Civil com Irene Reis e Kátia Chedid
Neurociência e Aprendizagem
Nesse curso foi possível verificar
conceitos fundamentais para que possamos compreender o processo de aprendizagem,
as transformações tanto na infância como na adolescência e também relacioná-los
por meio dos estudos Neurocientíficos que hoje temos acesso. Vale ainda lembrar
que a Neurociência entra nesse campo não para desconsiderar qualquer teoria e/ou
autor, pensadores, mas para melhor compreendê-las. Conhecer e considerar os meios, quais nosso
cérebro fixa as informações é crucial, para que venhamos compreender qual a
melhor forma para oferecer uma práxis com excelência, como vemos em diversas pesquisas
de grande relevância para a Educação do Século XXI, pois vivemos em um mundo
com muitos estímulos desafios para nós
educadores, havendo não só a
necessidade de fazer com que o educando fixe em seu córtex frontal a
informação, mas que saiba selecioná-la para que assim possa transformá-la em
conhecimento útil na sociedade em que vive.
“Neurociência é ciência que estuda,
observa e analisa o Sistema Nervoso Central. Aprender é criar memórias de longa
duração”.
De acordo com o material ofertado,
leituras, artigos, vídeos, ricas contribuições no grupo, podemos verificar o
quanto é possível avançarmos para uma Educação com excelência em nosso país.
Embora seja essa uma tarefa árdua,
mas quem disse que seria fácil? Ah... E falando nisso descobrimos que nosso
cérebro precisa ser desafiado, sendo essa uma forma eficaz de manter a
atenção. Logo segue um grande desafio
para nós profissionais e ativistas pela Educação: estimular no educando “a
consciência de Ser inacabado,” como dizia Paulo Freire.
A emoção é algo que está
inteiramente ligada à aprendizagem, daí a necessidade também de trabalharmos a
Empatia com os alunos e com toda a equipe escolar! A aprendizagem depende de vários fatores: memória/
atenção/ respiração/ emoção, entre outros.
A ATENÇÃO é a base de toda aprendizagem. Fomentar a Leitura /
Escrita é crucial, sabemos que esse processo não é inato, mas adquirido
socialmente. Estudos revelam que tais funções modificam o Sistema Nervoso
Central – SNC do indivíduo. Há vários recursos e estratégias para o Professor
atuar no processo de ensino-aprendizagem, contribuindo ao máximo para a
formação e construção do sujeito pensante. Potencializar os sentidos, que por
sua vez é um dos caminhos que nosso cérebro utiliza para memorizar: resgatando,
associando e efetivando, o que seria para Piaget “assimilação/ acomodação e
equilíbrio”, alcançando aquilo Vygotsky chamava de Zona de Desenvolvimento
Proximal – ZDP, aproximando a informação com a construção do conhecimento:
educando & educador!
Quando
falamos de Neuroaprendizagem, não podemos deixar de citar a Neuroplasticidade,
conceito que trabalha com a ideia do “cérebro plástico”, focando não na
dificuldade que o sujeito apresenta, mas estimulando as áreas compensatórias. Se por um lado sabemos que a atenção é base
para a aprendizagem, por outro devemos criar ações “motivacionais”, que por sua
vez deve ser prazeroso para o indivíduo o que pretende ser ensinado. Assim é fundamental estimular os diferentes
sentidos, e ainda e as sinapses neuronais, criando diferentes redes,
conhecimento prévio. De acordo com a
Neurocientista brasileira Suzana Herculano Houzel: hoje a Neurociência define de forma prática a
“inteligência”.
·
Inteligência fluida: capacidade de
encontrar soluções para novos problemas;
· Inteligência Cristalizada:
capacidade de usar informações anteriores de maneira eficaz; (Herculano,
Suzana, 2009, p.12)
Outro fator que não podemos deixar
de citar é em relação as crianças e/ jovens / adultos , são as questões sócio- emocionais, o convívio, a tolerância,
a empatia.
Segue abaixo os 4 Pilares da
Educação Edgar Moran - instituídos pela
UNESCO e podemos relacioná-lo com nosso SNC e suas funções (Fazer/ Sentir/ Pensar).
Podemos verificar ainda uma
preocupação com relação à inclusão, sim uma vez que a educação é direito de
todos. Esse curso nos trouxe uma prévia sobre o Transtorno de Déficit de
Atenção com Hiperatividade, entre outros, fazendo com possamos refletir, e
direcionar um olhar mais atento e sensível ao educando, sabendo, por exemplo,
diferenciar entre uma “birra” e um comportamento impulsivo. Compreender que cada ser humano é único,
diferente em sua unidade.
Embora ainda muitos desafios com
relação á Educação em nosso país, não podemos desanimar, a comunidade CORE
fomenta a formação continuada do profissional que lida com a Educação.
Dessa maneira quero para agradecer
pela oportunidade de participar desse curso tão bem elaborado. Parabéns a toda
equipe CORE!!!
Referências
CHEDID,
Kátia. Neurociência e Educação: Memória, atenção e aprendizagem. E-book
disponível Comunidade Reinventando a Educação – CORE www.coreduc.org
FREIRE,
P. Pedagogia da Autonomia; saberes necessários à prática educativa- 52ª Ed. Rio
de Janeiro: Paz e Terra, 2015.
HERCULANO-HOUSEL,
Suzana. Pílulas de Neurociência para uma vida melhor. Rio de Janeiro: Sextante,
2009, págs.12-15.
MORIN, E. Os
sete saberes necessários à educação do futuro. Tradução de Catarina Eleonora F.
da Silva e Jeanne Sawaya; Revisão técnica de Edgard de Assis Carvalho – 2. Ed.
ver. São Paulo: Cortez: Brasília, DF: UNESCO, 2011.
Bianca Fagundes dos Santos. Graduada em
Pedagogia. Esp. Em Educação Especial com Ênfase em DI. Neuropsicopedagoga em
Formação, e-mail: biancafagundes2011@gmail.com
Aproveito para divulgar a página do CORE - Comunidade Reinventando a Educação
Com Irene Reis Santos e Kátia Chedid